sábado, 22 de outubro de 2011


O que move o mundo certamente é o amor.
Não existe outra mola que faça o mundo propulsar.
É por amor que homens vivem e é por ele que morrem.
É ele, o amor, o grande modificador dos seres.
E embora não seja sempre, por vezes, ele é criador dos seres.
Um marido ao chegar em casa, encontrando o colo acalentador de sua esposa.
Um soldado voltando da guerra aos braços de sua família.
Uma criança ao chegar da escola, se jogando nos braços de sua mãe.
Um estudante acarinhando seu professor.
Um encontro com um amigo, sendo receptivo com um caloroso abraço.
Os namorados, os noivos, os esposados, os filhos, os alunos, os amigos.
Essa dependência do outro.
Essa certeza de que nos encontramos no outro é uma das mais sublimes formas de amar.
A certeza de que tudo estará bem no nosso retorno.
A certeza de que o outro estará a nos aguardar, lá, em qualquer lugar que ele esteja, pois o lugar é o que menos importa. As pessoas sim!
O ideal seria que todos tivessem essa oportunidade.
De encontrar alguém que o acolha.
Que esteja lá, esperando...aguardando sua chegada...que o recepcione com um sorriso identificador.
Aquele que só os códigos mais íntimos são capazes de desvendar.
A dependência do amor é certamente a mais saborosa de todas!
Ela se transcreve através do outro, mas é ele que queremos.
Muitos cientistas, químicos, biólogos, explicam essas sensações através de um encadeamento de várias substâncias.
Mas, eles mesmos, quando as sente não sabem explicar.
Ou tentam e não conseguem, ou acham que conseguiram, iludidos.
Esse é o verdadeiro papel do amor, desconfigurar o que o homem tenta moldar, emoldurar, engessar.
Ele transcende, rompe, transborda, transfigura e muta.