A padaria
Num fim de tarde de inverno...o sol quase se pondo e uma brisa fria envolvendo seu corpo....
Ela, com calça jeans, camiseta decotada e um colete cor de rosa para
dar o tom de feminilidade.
Sandália alta, cabelos arrumados, maquiagem....
De repente, o ambiente se torna aconchegante e caloroso. Ele chegou!
Em sua moto...sempre atraente...para buscá-la. Elogia os seus cuidados em
arrumar-se.
Lhe oferece o capacete. Ela sobe na moto...
Vão rumo ao universo onde apenas eles existem. Onde nada é proibido. O
amor que sentem é livre.
Antes de mais uma vez se amarem. Ele tira de uma bolsa,
não percebida por ela, mimos em forma de petiscos...pastéis, pão de queijo, um
vinho. Ela...receosa em driblar sua dieta, é cuidadosa no degustar esses
pequenos carinhos. Ele insiste: Coma um
pouco, prove, são da melhor padaria da cidade! Eu sei que você faz dieta, mas experimente!
Ele buscava uma cumplicidade. A cumplicidade dos que doam o seu amor
assim, acarinhando com mimos culinários, o ser amado.
Depois de elogios e críticas ao “banquete”, os dois começam a
provar o sabor de gente.
De homem e mulher se amando. Gosto de quem se entrega
inteiramente ao amor.
Sabor de boca, de seios, de pernas, de
braços, de sexo. Assim passam horas a provar um ao outro, enquanto a realidade
ainda permite as suas ausências. Inevitavelmente, esse momento chega ao fim.
Eles se
despedem.
Hoje, ela aguarda em frente ao balcão da padaria, a atendente entregar
o seu pedido.
- Quantos pães senhora? E o salgado, vai querer nenhum não?