terça-feira, 3 de julho de 2012

A padaria


Num fim de tarde de inverno...o sol quase se pondo e uma brisa fria envolvendo seu corpo....
Ela, com calça jeans, camiseta decotada e um colete cor de rosa para dar o tom de feminilidade. 
Sandália alta, cabelos arrumados, maquiagem....
De repente, o ambiente se torna aconchegante e caloroso. Ele chegou!
Em sua moto...sempre atraente...para buscá-la. Elogia os seus cuidados em arrumar-se. 
Lhe oferece o capacete. Ela sobe na moto...
Vão rumo ao universo onde apenas eles existem. Onde nada é proibido. O amor que sentem é livre. 
Antes de mais uma vez se amarem. Ele tira de uma bolsa, não percebida por ela, mimos em forma de petiscos...pastéis, pão de queijo, um vinho. Ela...receosa em driblar sua dieta, é cuidadosa no degustar esses pequenos carinhos. Ele insiste: Coma um pouco, prove, são da melhor padaria da cidade! Eu sei que você faz dieta, mas experimente!
Ele buscava uma cumplicidade. A cumplicidade dos que doam o seu amor assim, acarinhando com mimos culinários, o ser amado.
Depois de elogios e críticas ao “banquete”, os dois começam a provar o sabor de gente. 
De homem e mulher se amando. Gosto de quem se entrega inteiramente ao amor. 
Sabor de boca, de seios, de pernas, de braços, de sexo. Assim passam horas a provar um ao outro, enquanto a realidade ainda permite as suas ausências. Inevitavelmente, esse momento chega ao fim. 
Eles se despedem.
Hoje, ela aguarda em frente ao balcão da padaria, a atendente entregar o seu pedido.
- Quantos pães senhora? E o salgado, vai querer nenhum não?