segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A despedida

É chegada a hora.
Essas últimas dedicatórias não cabem em nenhuma página de livro.
Será veementemente difícil olhar e sentir as tantas obras literárias ou não, e não poder presenteá-lo. Ficará em minha memória, uma ação não concretizada de você as lendo, as vendo, as ouvindo e sobretudo, sentindo, com a sensibilidade única, que lhe é peculiar, que nasceu e continua a crescer num filho caçula de uma mãe rígida e zelosa.
Felizmente, a minha ausência nesse aspecto não acarretará em um dano tão grande na sua rica construção cultural, creio que mais perderei eu, pelo seu entusiasmo, a sua alegria em descobrir, opinar, escrever e abarcar o que essas poucas migalhas de cultura erguem em seu ser. Perderei eu, em não vê-lo cada vez mais transformado, mais translúcido, mais forte, mais orgulhoso, mais feliz.
Será muito difícil me desvencilhar do vício que se tornou o "presentear" você. O vício que se tornou enxergar você em tudo que soa culto, belo, rico, ímpar. Será um duro exercício, que nem a magnífica Matemática poderá me ajudar a resolver. Só a mim, e diante de todas as possibilidades da re-criação de mim mesma, cabe essa árdua e dolorosa tarefa. Que Deus me ajude! E a você, que continue abençoando sempre, sempre, sempre, sempre...

Um comentário:

  1. Toda perda comporta um pouco de vitória sobre si mesmo..

    Parabéns também pelo espaço, muito bonito e poético.

    Estou seguindo.

    Um abraço e obrigado pela visita. Voltarei mais vezes.

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