quinta-feira, 21 de julho de 2011



Hoje eu sinto saudade de mim mesma.
De uma “eu” que o tempo levou.
De uma inocência juvenil.
De um dispensar das horas, sem culpa.
De uma bestialidade com sentido.
 
Hoje, eu vejo essa versão de mim se afastar cada vez mais.
Vejo-a muito distante,
e por vezes, a vejo me ver.
O estranhamento é nítido.
Quase a sinto reprovando minhas ações,
criticando meu sorriso falso e
ironizando a minha falsa felicidade.

Hoje, nesse meu momento de buscar onde sentir
que estou perdendo a mim mesma,
o instante me escorre pelos dedos e o cotidiano
exige minha presença.

 

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